Segredos da Manutenção: O problema do caudal mínimo
Uma das principais causas de avarias – em qualquer fase da “vida” de uma bomba – é a sua utilização a caudal abaixo do caudal mínimo, situação que provoca danos graves na bomba. Algumas razões para isto ocorrer são:
- As condições de funcionamento reais diferem das de projecto (com base nas quais as bombas foram compradas), devido a alterações posteriores na tubagem ou no terreno.
- As condições de funcionamento previstas alteraram-se inesperadamente, devido a entupimento, avaria noutros equipamentos ou fenómenos hidráulicos.
- Funcionamento em paralelo que não foi previsto nem estudado na fase de projecto.
- Variação de velocidade para valores abaixo dos limites admissíveis.
As consequências de um funcionamento abaixo do caudal mínimo (também chamado “a carga parcial”) são:
- Vibrações na bomba.
- Desalinhamentos constantes.
- Danos nos rolamentos, acoplamento, empanques e/ou peças internas.
- Destruição da bomba, em casos extremos (já ocorridos em Portugal).
Para evitar estas graves consequências, a KSB recomenda:
- Durante o projecto e a compra, verifique se o caudal mínimo é cumprido.
- Solicite sempre ao fabricante o caudal mínimo da sua bomba (exemplo, bomba normalizada: Q mín. = 25% de Q óptimo, onde Q óptimo é o caudal no ponto de rendimento máximo).
- Verifique regularmente o caudal de descarga, especialmente no arranque ou em caso de alterações no sistema, para o que deve utilizar um caudalímetro.
- Caso o tipo de instalação exija um funcionamento temporário contra válvula na descarga fechada, garanta que os caudais mínimos são cumpridos, através da instalação de um circuito de “by-pass”.
Estas recomendações podem significar um custo ligeiramente acima do habitual, mas reduzem significativamente os custos de manutenção e o risco de paragem não programada da sua instalação !