
KSB atinge Neutralidade Carbónica
A KSB, Bombas e Válvulas, SA, atingiu em 2024, Zero Emissões de CO₂.
Apesar de todos sabermos que o nosso planeta está a “arder”, poucas são as entidades e pessoas dispostas a mudar e investir na sustentabilidade.
Enquanto algumas empresas – e países - traçam objectivos de atingir a Neutralidade Carbónica (zero emissões de CO₂) em 2030, 2040 ou 2050, a KSB em Portugal já atingiu em 2024 esse difícil objectivo de sustentabilidade. De acordo com João Leite, director geral da KSB, “no dia 15.1.2025 a Energy Saving Management Consultants, empresa certificada para fornecer serviços energéticos, após auditoria e compra de compensação, emitiu o certificado de Neutralidade Carbónica em nome da KSB, relativo ao ano solar 2023, de acordo com a norma ISO 14064, que define a forma de cálculo e de compensação dos gases com efeito de estufa”.
Download Carbon Neutral Certificado
João Leite acrescenta que “a KSB em Portugal é a 2ª empresa do Grupo KSB em todo o mundo (total = 70 empresas) a atingir a Neutralidade Carbónica, depois da KSB em Itália o ter conseguido há alguns anos, também recorrendo aos serviços da Energy Saving Management Consultants”.
Essencial: fornecedor de energia renovável + tecnologia LED última geração
Uma das condições para a KSB ter conseguido obter esta certificação, foi o seu fornecedor de energia eléctrica (Iberdrola), ter ele próprio emitido um certificado atestando que a energia que forneceu à KSB durante o ano 2023 foi totalmente de origem renovável. João leite relembra que “a mudança da KSB para um fornecedor que lhe dá esta garantia, ocorreu há cerca de 2 anos, e implicou um aumento muito relevante num tão importante custo como de electricidade, aumento esse que a empresa decidiu aceitar como parte do seu esforço de participação na sustentabilidade do nosso planeta, e significou uma significativa redução de 10 toneladas na sua emissão anual de CO₂”.
Outro investimento que a KSB fez, relevante para a obtenção desta certificação, foi a total iluminação da sede da empresa com tecnologia LED de última geração, que implicou uma redução de 4.000 kWh no consumo eléctrico anual da empresa.
Certificado de âmbito 1 e 2
Como é habitual neste – ainda raro – tipo de certificados, ele só considera (âmbito 1) as emissões de CO₂ directas, como por exemplo de viaturas próprias a gasolina ou gasóleo, consumo de gases para processos industriais ou fugas de sistemas de ar condicionado, e (âmbito 2) as emissões indirectas de energias importadas, como por exemplo o fornecimento externo de energia eléctrica.
As emissões de âmbito 3, emissões indirectas de transportes (de matérias primas de fornecedores, de produtos acabados para clientes, de viagens de colaboradores, seja viagens profissionais ou de e para casa), de âmbito 4, emissões indirectas de produtos (compras, leasings, resíduos) e serviços utilizados, e de âmbito 5, emissões da utilização dos produtos que vende durante toda a sua vida útil, e de transacções financeiras, não foram consideradas, por impossibilidade na obtenção de dados e prova documental da maioria das mesmas.
Compensação de CO₂ = Solidariedade
Da auditoria energética à KSB, resultou que a emissão anual de gases com efeito de estufa em 2023 foi 80 ton (essencialmente combustível de viaturas próprias), que tinha de comprar para compensar as emissões e assim atingir a Neutralidade Carbónica.
João Leite explica que “a maioria dos projectos de compensação de emissões de CO₂ são também projectos de forte solidariedade para ajudar pessoas em dificuldades extremas em países muito pobres, com vantagens para todas as partes envolvidas”. Todos os projectos são certificados e controlados por empresas auditoras, com registos de todos os passos do seu desenvolvimento, incluindo a “retirada” das emissões compradas para compensar.
Dos vários projectos que foram apresentados à KSB para compensação, 3 destacaram-se pelo seu elevado impacto ao nível da solidariedade: (1) Água Segura no Uganda: fazer 60 furos com bombas manuais numa zona rural do Uganda, que disponibilizam água limpa, para eliminar as emissões causadas pelo actual fervimento de água através de lenha e carvão; (2) Corredor de Vida Selvagem no Quénia: criar estufas de jojoba e limão (frutas resistentes à aridez sem destruir a qualidade do solo) para criar formas de sobrevivência sustentável para as populações locais, em vez da actual desflorestação para agricultura; (3) Proteger a Floresta Amazónia: vigiar 2 grandes zonas de corte sustentável de madeira e criar formas alternativas sustentáveis de subsistência para as populações locais, em vez da actual desflorestação para agricultura.
João Leite explica também que “optou por pedir aos seus colaboradores que ajudassem nesta escolha, tendo sido eleito, por larga maioria, o projecto Água Segura no Uganda, projecto que é auditado e controlado pela empresa Gold Standard, fundada pelo WWF (World Wide Fund for Nature)”. A KSB investiu 10.000 Euros nesta compensação/neste projecto.
Além da redução das emissões de CO₂ (Objectivo 13 Acção Climática), este projecto tem um forte impacto nas condições de vida de 120.000 pessoas na região Este do Uganda, em mais 5 dos 17 objectivos de desenvolvimento sustentável (SDG) das Nações Unidas: (Objectivo 3 Saúde e Bem Estar) redução do nº de doenças por ingestão de água imprópria, (Objectivo 15 Qualidade da Vida na Terra) redução do nº de doenças por intoxicação resultante da queima de lenha em casa, (Objectivo 5 Igualdade de Género) redução do tempo médio para obter água potável, (Objectivo 6 Água Limpa) aumento do nº de pessoas com água potável a menos de 1 km de distância (72.000), e (Objectivo 8 Trabalho Decente) aumento do nº de pessoas empregadas (para implementar o projecto, 100).
Continuar a melhorar a sustentabilidade
João Leite relembra que “a melhoria da sustentabilidade é um processo em permanente desenvolvimento, e os 2 próximos desafios da KSB – as 2 áreas internas onde pode reduzir ainda mais e de forma significativa o seu impacto – são (1) trocar as suas viaturas para híbridos ou eléctricos e (2) instalar painéis solares para auto-produção de energia renovável, neste caso não para reduzir as emissões de CO₂ (pois já recorre a um fornecedor de energias renováveis), mas para contribuir para a produção de energia renovável e aumentar a sua independência energética”.
Também ao nível produtivo a KSB tem uma visão da sua responsabilidade ambiental: não só na protecção do ambiente durante o fabrico dos seus produtos, mas também na minimização da pegada ecológica produzida pelos seus produtos e serviços, durante toda a sua vida útil, através de elevada prioridade e investimentos na melhoria da eficiência dos seus processos de fabrico e dos seus produtos, bem como na longevidade dos seus produtos e na reutilização de materiais.